quinta-feira, setembro 01, 2005

Não são apenas as “Desocupadas” as responsáveis.

Era uma vez um menino que tinha como vizinha uma costureira.
Num certo dia, o menino roubou-lhe uma agulha, julgando que não seria grave roubar uma coisa de tão reduzido valor. Levou a agulha à mãe. E esta não o repreendeu por um crime tão pequeno!
Num outro dia, roubou um dedal. Se não foi repreendido por roubar uma agulha, também não o seria por um dedal.
Tendo-o roubado, levou-o à mãe. Se esta não o repreendeu antes, também não o repreendeu desta vez.
Num outro dia, roubou uma tesoura. Se não foi repreendido por roubar um dedal, não o seria por uma tesoura.
Tendo-a roubado, levou-a à mãe. Se esta não o repreendeu antes, também não o repreendeu desta vez.
Num outro dia, roubou uma televisão. Se não foi repreendido por roubar uma tesoura, não o seria por uma televisão. Tendo-a roubado, levou-a à mãe. Se esta não o repreendeu antes, também não o repreendeu desta vez.
Num outro dia, roubou um fio de oiro. Se não foi repreendido por roubar uma televisão, não o seria por um fio de oiro. Tendo-a roubado, levou-a à mãe. Se esta não o repreendeu antes, também não o repreendeu desta vez.
Certo dia, e depois de tantos roubos, foi condenado à forca. Pediu um desejo, falar com sua mãe: “Vê, minha mãezinha, porque não me repreendeu quando roubei a agulha?”
(Adaptado da tradição popular)

5 Comments:

At 11:18 da tarde, Blogger Sr. Fulano Tal said...

Estou farto de dizer o mesmo.
Mas tem bastante mais jeito para o fazer.

Parabéns e quem quiser que entenda.

 
At 11:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ser ou não ser

Qualquer coisa está podre no Reino da Dinamarca.
Se os novos partem e ficam só os velhos
e se do sangue as mãos trazem a marca
se os fantasmas regressam e há homens de joelhos
qualquer coisa está podre no Reino da Dinamarca.

Apodreceu o sol dentro de nós
apodreceu o vento em nossos braços.
Porque há sombras na sombra dos teus passos
há silêncios de morte em cada voz.

Ofélia-Pátria jaz branca de amor.
Entre salgueiros passa flutuando.
E anda Hamlet em nós por ela perguntando
entre ser e não ser firmeza indecisão.

Até quando? Até quando?

Já de esperar se desespera. E o tempo foge
e mais do que a esperança leva o puro ardor.
Porque um só tempo é o nosso. E o tempo é hoje.
Ah se não ser é submissão ser é revolta.
Se a Dinamarca é para nós uma prisão
e Elsenor se tornou a capital da dor
ser é roubar à dor as próprias armas
e com elas vencer estes fantasmas
que andam à solta em Elsenor.

Manuel Alegre

 
At 1:18 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Criámos um monstro, mas até um montro finda.

 
At 12:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Estou farto de dizer o mesmo...

 
At 3:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Vá tenham calma, estão quase a acordar de um pesadelo

 

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