sábado, outubro 01, 2005

Vinde à Feira Medieval de Canas de Senhorim

Depois da oração, 3 Ave-Marias e 2 Pais-Nossos, é tempo de mercar, enfim… de folgar.
A feira acolhe os vendedores do povoado e das povoas que se afadigam no transporte das suas rés e na escolha do melhor sítio de venda.
No ar pairam os mais variados cheiros e aromas. Febras, torresmos tostam nas brasas e são servidos em folhas de couve ou em pão de centeio. Chouriços cozidos em vinho, costeletas de javali, saciam outros apetites na Tenda do Paço, a mais afamada de todas onde chegam viajantes de paragens tam longínquas como o Folhadal.

Cousas de comer e beber: vinho vermelho, vinho branco, ambos da Póvoa, auga da cisterna dos Valinhos, tabuinhas com queijos frescos e secos do Jorge de Vale de Madeiros, enchidos, morcelas, “porcus presunctus”, empadas atochados de pescado da Felgueira, empadas atochadas de leguminas, guisado de coelho, pato chacinado, picadinho de vaqua, galinha mourisca, pam meado e pam alvo.

A animar o repasto, não falta os figurantes trajando a rigor como mercadores mouros, falcoeiros, saltimbancos, malabaristas, cuspidores de fogo, mendigos, bufões e burlões, a tenda da bruxa do Pai Mouro para afastar encostos e maus olhados e o Sr. Joaquim Basílio, actor que dá vida ao personagem de mendigo numa caracterização que impressiona.

A nobreza diverte-se com a prática dos torneios e dos feitos de armas no Terreiro da Igreja onde nam faltam os homens de armas, os cavaleiros e os arqueiros.
Sendo a necessidade de panos ou roupas buscam-se as bancas dos fanqueiros, feltreiros, ou dos que vendem mantas e buréis. Carecendo-se de peles, artefactos de pele ou sapatos, acorre-se aos peiteiros, correeiros e sapateiros.

Este ano, a Feira tem uma novidade, o cobrador de impostos régios (vulgo o Seu Presidente da Junta) que desta nam vai cobrar receitas dos vizinhos para a fazenda do Reino, vai “campanhar”, sorrir, fazer festas aos meninos e apertar a mão aos mercadores. Virá embora com “promessas vãs”, logo, com pouco proveito.

8 Comments:

At 1:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro Cereja, só faltou mencionar os vendedores de "pxibec" que nos 2 ou 3 ultimos anos têm invadido a feira medieval, desvirtualizando-a.
Srª Drª Ana Mouraz, volte, perdoe-os que "eles" não sabem o que fazem!

 
At 2:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Alguém sabe dizer se hoje tambem há feira ou é só amanhã?

 
At 5:39 da tarde, Anonymous Anónimo said...

e asnos nã bendem? por acaso tou a imaginar o cereja cum uralhas de burro ao lado da sua escrava isaura ou será do corrécio ou tanto faz?! que lindo o miúdo marabilha já tá do lado do congo!

 
At 5:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Que congo? O belga ou o francês?
:P

 
At 6:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não, não se vendem asnos. Ontem falei com o teu dono que ia lá montar uma barraca para te vender, mas o teu dono diz que nada vales e como és um animal em extinção não quer perder o subsidio de 30 contos por ano.
Ehh!Eh! Marmeleiros, agora estive bem!

 
At 10:56 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O que eu digo é que temos que manter a feira como medieval, já há muitas pelo país, a nossa terá sucesso se for das poucas verdadeiramente medievais.

 
At 10:25 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Anónimo das horas todas, :D
Onde pára o nosso grande Líder? Temos que começar a nossa campanha, tudo prá feira medieval dar qualquer coisa.

 
At 11:02 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Anónimo relógio:
Mai nada

 

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